Tem campeão olímpico, campeão mundial e campeão do Circuito Mundial. Mas tem também jovens talentos em busca de seu primeiro grande título internacional. Nesta terça-feira, foram confirmadas as oito duplas que representarão o Brasil no Campeonato Mundial de Vôlei de Praia, de 10 a 19 de junho, em Roma, competição mais importante da temporada. Duda/Ana Patricia, Bárbara Seixas/Carol Solberg, Rebecca/Talita, Taiana/Hegê, André Stein/George, Renato/Vitor Felipe, Alison/Guto e Bruno Schmidt/Saymon estão entre as 25 primeiras duplas do ranking da Federação Internacional desta segunda-feira (23.5) e carimbaram o passaporte – cada país podia classificar até quatro parcerias por gênero. O Brasil tem 12 medalhas de ouro, nove de prata e 10 de bronze nas 12 edições do Mundial – Alison (em 2011 e 2015), Bruno Schmidt (em 2015), Bárbara Seixas (em 2015) e André Stein (em 2017) já estiveram no alto do pódio da competição.
“O Mundial é a principal competição do vôlei de praia na temporada e um grande desafio para nossos atletas. Temos um grupo de muito talento, com atletas experientes e jovens que disputam a competição pela primeira vez. O Brasil tem uma grande tradição no Campeonato Mundial e entramos sempre com a responsabilidade de manter essa história. Este ano, tivemos novidades no Circuito Brasileiro, que ficou ainda mais disputado, e a formação da comissão técnica permanente de vôlei de praia, iniciativas para que nossas duplas se tornem ainda mais competitivas”, diz Guilherme Marques, gerente de vôlei de praia da CBV e campeão do Mundial em 1997, ao lado de Pará.
A definição dos últimos representantes do Brasil aconteceu na etapa Challenge de Kusadasi (TUR) do Circuito Mundial. Evandro e Álvaro Filho, que precisavam chegar ao terceiro lugar para garantir um lugar no grupo que vai a Roma, terminaram em quinto, deixando a vaga com Bruno Schmidt, campeão olímpico em 2016, e seu parceiro Saymon. No feminino, Elize Maia e Thâmela tinham que alcançar as quartas de final, mas foram superadas nas oitavas, e a vaga ficou com Taiana e Hegê.
Além de Bruno Schmidt, a delegação brasileira conta com dois outros medalhistas dos Jogos Rio 2016, Alison (ouro) e Bárbara Seixas (prata). Sete atletas da delegação já faturaram o título do Circuito Mundial: Alison, Talita, Taiana, Bárbara Seixas, Bruno Schmidt, André Stein e Duda. Mas ao lado dos já consagrados campeões, chegam novos nomes dispostos a entrar para a história do vôlei de praia mundial. Campeão pan-americano sub-23 em 2021, bicampeão mundial sub-21 (2017 e 2019) e campeão mundial sub-19 (2016), Renato disputa seu primeiro Campeonato Mundial, assim como Hegê, que ganhou o prêmio de “Atleta que mais evoluiu” nas duas últimas temporadas do Circuito Brasileiro.
Etapa Elite de Ostrava dá início a sequência de torneios
Antes do Campeonato Mundial, as duplas brasileiras têm outros dois desafios pelo Circuito Mundial: as etapas Elite de Ostrava (TCH) e Jurmala (LET). A competição na República Tcheca começa nesta quarta-feira (25.05), com Tainá/Vic e Evandro/Álvaro Filho na disputa do qualifying. Outras oito duplas brasileiras estreiam diretamente no torneio principal, na quinta-feira: Rebecca/Talita, Taiana/Hegê, Duda/Ana Patricia, Barbara/Carol e Andressa/Vitória, George/André, Vitor Felipe/Renato e Alison/Guto.
“Teremos uma sequência de três torneios grandes e estamos muito motivados, principalmente para o Campeonato Mundial. Viemos de bons resultados, estamos jogando bem, e agora é botar isso em prática para conseguir o maior número de pódios possível. Jogamos muito bem a última etapa que teve em Ostrava e isso nos anima ainda mais”, diz George, medalhista de bronze na etapa de Ostrava do Circuito Mundial de 2021 e ouro no Challenge de Itapema (SC) da atual temporada, ambos ao lado de André.
Além do ouro de George/André em Itapema, o Brasil soma outras cinco medalhas nesta temporada do Circuito Mundial, com bronze para Talita/Rebecca na etapa Elite de Rosarito (MEX); dois ouros para Bárbara Seixas/Carol Solberg, nos Challenge de Tlaxcala (MEX) e Doha (CAT); bronze para Elize Maia/Thâmela no Challenge de Tlaxcala (MEX); e bronze para Andressa/Vitória no Challenge de Itapema (SC).
Este ano, o Circuito Mundial adotou novo formato, dividido em etapas Elite 16, Challenge e Future. As disputas Elite – como a de Ostrava – reúnem os 12 primeiros colocados do ranking e quatro duplas vindas do qualifying com 16 equipes. Importantes para somar pontos no ranking e entrar na briga por um lugar no Elite, os Challenges têm 24 duplas no torneio principal, oito vindas do qualifying com 32 duplas. O Future, voltado para o desenvolvimento do esporte e dos atletas, terá 16 equipes na chave principal e 16 no qualifying.
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