Referência mundial, o vôlei de praia brasileiro tem talentos de norte a sul do país. Mas para que os craques brilhem nas quadras, fora delas é fundamental o trabalho dos treinadores. Em seu novo programa de apoio, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) reconhece exatamente a importância desses profissionais. Os comandantes das quatro melhores duplas do ranking da Federação Internacional após o Campeonato Mundial de Roma fazem parte, desde julho e até setembro, de um projeto especial de trabalho conjunto. Eles recebem uma bolsa de auxílio e participam do monitoramento e da avaliação de atletas, programas de vivência e de treinamento das categorias de base, além de cursos de capacitação. Os resultados são analisados e catalogados mensalmente pela CBV.
O primeiro grupo de técnicos do programa é formado por Lucas Palermo (por Duda/Ana Patricia), Leticia Pessoa (por Bárbara Seixas/Carol Solberg), Renato França (por Talita/Rebecca), Wallace Ramos (por Elize Maia/Thâmela), Ernesto Vogado (por André/George e Vitor Felipe/Renato) e Celso Silva Jantorno (por Bruno Schmidt/Saymon). Iago Hercowitz participou do primeiro mês, como treinador de Evandro/Álvaro Filho.
‘Esse projeto é um reconhecimento da CBV à importância de técnicos e comissões técnica. Queremos que eles sejam parte atuante do desenvolvimento do vôlei de praia brasileiro, que possamos ampliar o diálogo e que estejamos cada vez mais próximos. Jovens talentos poderão, por exemplo, participar de treinamentos nos CT dos técnicos parceiros. Também teremos programas de vivência para esses profissionais, que serão observadores da CBV em competições. É mais um passo nas ações da CBV para o crescimento do vôlei de praia’, explica Guilherme Marques, gerente de vôlei de praia da CBV.
O programa de trabalho conjunto e incentivo aos técnicos faz parte de uma série de ações da CBV para o vôlei de praia. Em março, foi criada a comissão técnica permanente da modalidade, que dá suporte às duplas do alto rendimento e participa da criação de metodologias para as categorias de base. Leandro Brachola, técnico campeão olímpico nos Jogos Rio 2016 com a dupla Alison/Bruno Schmidt, é o supervisor técnico; e Marco Char, o coordenador da equipe, que conta com profissionais de fisioterapia, análise de desempenho e fisiologia. Na etapa de Vila Velha do Circuito Brasileiro, por exemplo, o fisiologista Helvio Affonso, em parceria com o Tommasi Laboratório, coletou dados de 20 atletas, que geraram análises para as comissões técnicas das duplas brasileiras, e também serão transformados em um artigo científico. Durante o Campeonato Mundial de Roma, que terminou com ouro de Duda/Ana Patrícia, prata de Vítor Felipe/Renato e bronze de George/André, os atletas contaram com a presença dos fisioterapeutas Eduardo Ruhling e Vinicius Marques, e com as informações enviadas pela equipe de análise de desempenho.
Este mês, a CBV anunciou uma parceria com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) para que atletas que representarem clubes no Circuito Brasileiro possam usufruir de facilidades de logística e infraestrutura, como passagens aéreas.
Já o novo sistema de disputa do Circuito Brasileiro, adotado nesta temporada, proporciona jogos mais nivelados, entre duplas de ranqueamento mais próximo, tornando o espetáculo mais atrativo para o público e estimulando o desenvolvimento dos atletas. A disputa dividida em Top 8 e Aberto aumenta a relevância de cada partida, estimula o crescimento técnico dos jogadores, além de proporcionar um melhor espetáculo para a torcedor. Bônus por performance além da premiação também estão garantidos aos campeões de cada disputa.
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro