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Heitor colhe frutos de encontros inesperados e acha caminho no vôlei de praia ao lado de Tony

Jornada inesperada

17 de novembro de 2022

Heitor e Tony disputam a 15ª etapa do Circuito Brasileiro em Niterói

(Ana Patrícia/Inovafoto/CBV)

Heitor começou no vôlei graças a um desconhecido com quem esbarrou em uma fila de mercado durante as férias. Anos depois, foi ele o desconhecido que mandou mensagem para Tony, convidando para disputarem juntos uma etapa do Circuito Brasileiro de vôlei de praia. Os encontros inesperados vêm rendendo frutos. Ao lado de Tony, Heitor já conquistou dois bronzes e uma prata do Aberto nesta temporada do Circuito Brasileiro. Graças ao vôlei, ele ganhou também uma bolsa de estudos na Unicesumar por meio do Programa Jornada das Estrela, da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). 

Medalhistas de prata no Aberto da 10ª etapa (João Pessoa-PB), e de bronze dos Abertos na nona (Natal-RN) e da 13ª etapa (Maceió-AL), Heitor e Tony disputam a partir desta quinta (17.11) o torneio principal do Aberto da 15ª e última etapa do Circuito Brasileiro de vôlei de praia 2022, na Praia de Icaraí, em Niterói (RJ).

“Eu tinha 16 anos, fui passar férias em Búzios, no Rio de Janeiro. No último dia antes de voltar para Cuiabá, encontrei um treinador de vôlei no mercado. Ele veio falar comigo, perguntou minha altura e se eu jogava vôlei. Falei para minha mãe para lutarmos por este sonho, porque meu pai, que já era falecido, tinha o sonho de ter um filho atleta. Prometi para mim mesmo que ia conquistar isso. Me mudei com minha mãe para Búzios, comecei a jogar na praia e as coisas foram acontecendo”, disse Heitor. “O voleibol veio como uma salvação, eu não tinha muita expectativa de nada. Tive um ‘start’ na minha cabeça de que precisava ter minha vida, garantir alguma coisa para mim”.

O voleibol não está garantindo “alguma coisa” para Heitor apenas dentro de quadra. O mato-grossense de 22 anos faz parte da primeira turma do Programa Bolsa de Estudos do Jornada das Estrelas e ganhou uma bolsa para cursar a faculdade de Educação Física na Unicesumar. “Até pouco tempo atrás não passava pela minha cabeça fazer uma faculdade, mas abri minha cabeça e vi que é uma coisa que me faz evoluir. Vai ser importante esse outro passo e vai alavancar ainda mais minha carreira”.

O inesperado que fez Heitor começar no vôlei também esteve presente no início da dupla com Tony, na última etapa da temporada 2021, justamente em Cuiabá, sua terra natal. Tony relembra o inusitado encontro. “Eu estava inscrito na etapa de Cuiabá, mas o atleta com quem eu estava inscrito não poderia mais jogar. Do nada, recebi um convite de um cara que nunca tinha visto na vida, com quem nunca tinha trocado um ‘oi’. A gente nem se conhecia, e o Heitor passou pela primeira vez do qualifying lá em Cuiabá. Assim surgiu a história da dupla Tony e Heitor”, conta o catarinense Tony, de 25 anos.

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